quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Cézanne e les atéliers du Midi no Palazzo Reale de Milão





De 20 de outubro de 2011 a 26 de fevereiro de 2012

 

Zuccheriera, pere e tazza blu, 1865-1866
olio su tela; 30 x 41 cm
Parigi, Musée d’Orsay (in deposito presso Musée Granet, Aix-en-Provence)
© 2011. White Images/Scala, Firenze



Entrar no atelier de de Paul Cezanne significa entrar nas profundezas de seu processo criativo.

Dentro do estúdio está a origem de sua história, onde se encontram a sua vida biológica e a sua vida de sonhos, onde seu trabalho atinge a unidade através do conhecimento. Seus sentimentos, percepção, reflexão são sublimados, sua poesia é desenvolvida e plenamente realizada.


 



Nel parco di Château Noir, (1898-1900)olio su tela; 92x73 cm
Parigi, Musée de l’Orangerie, Collezione Jean Walter e Paul Guillaume
© 2011. White Images/Scala, Firenze



Para aqueles que, como o grande mestre de Aix, se dedicou toda a vida à pesquisa pictórica, onde o foco de seu trabalho tem uma dimensão fundamental; um "lugar da mente e da memória," dentro do qual o artista se consolidou e fez suas composições, mas ao mesmo tempo, se identificou com uma dimensão de espírito no qual a sua Provence, está emblematicamente representada pelo Monte Sainte Victoire, e está incorporada em sua essência e transformada em uma imagem.



La tenda, (1885-1890 circa)acquarello su schizzo a mina di piombo; 49x30,7 cm
Parigi, Musée d’Orsay, lascito del Conte Isaac de Camondo, 1911 (in deposito presso il dipartimento di Arti Grafiche del Musée du Louvre)
© RMN (Musée d’Orsay) / Jean-Gilles Berizzi



Neste grande ideal e extraordinariamente único "atelier du Midi" Cézanne desenvolve as diretrizes fundamentais da arte moderna seja a respeito de uma linha de continuidade com a grande tradição ou em relação à renovação da vanguardia, para o qual a sua pesquisa silenciosa resulta em uma referência essencial imprescindivel.




Contadino seduto, (1900-1904)olio su tela; 73,3x60,3 cm
Parigi, Musée d’Orsay, lascito di Gustave Caillebotte, 1894
© Musée d’Orsay, Dist. RMN / Patrice Schmidt




Basta olhar para os auto retratos, a fim de compreender o caráter de Cézanne: duro, teimoso, determinado. No físico e no caráter, assemelhando-se ao contorno da montanha de Sainte Victoire, sua cena favorita: imóvel diante da mudança dos tempos e das estações, mas capaz de compreender as sutis variações de luz e geometria, para misturar com calma cada espaço.






Autoritratto, (1875)olio su tela; 64x53 cm
Parigi, Musée d’Orsay, donazione di Jacques Laroche 1947
© RMN (Musée d’Orsay) / Hervé Lewandowski



Em sua consistência inabalável, Cézanne brigou com todos, amigos, escritores, pintores. Era fascinado por Paris, mas não a amava, preferindo a calma do cachimbo aos bailes populares; aos charutos ostentados pelos impressionistas.





La tentazione di Sant’Antonio (1877)
olio su tela; 47x56 cm
Parigi, Musée d’Orsay
© RMN (Musée d’Orsay) / Hervé Lewandowski




Preferia a sua simples casa de campo aos agitos de Montmartre ou os parques ao longo do Sena.

Em sua firme e antiquada solidão, Cézanne foi certamente o maior e mais consciente pintor de sua geração.



 


Grande pino e terre rosse, (1890-1895)
olio su tela; 72x91 cm
San Pietroburgo, Ermitage
© Foto Scala, Firenze





Ele entendeu tudo: a luz as côres, as formas o desenho, a perspectiva e a liberdade.

Alcançou o limite do impressionismo,  um movimento que foi espelhado nele mesmo, correndo o risco de não encontrar novos rumos.

Restituiu um sentido mais profundo para a "história da arte", recuperando temas, mestres e composições que estavam sendo considerados ultrapassados, e por isso ele antecipou magistralmente os movimentos de vanguarda do início do século XIX com declarações secas e fulgurantes, mas sobretudo com uma desconcertante modernidade.





Vaso blu (1889)olio su tela; 61 x 50 cm
Parigi, Musée d’Orsay, lascito del conte Isaac de Camondo (1911)
© RMN (Musée d’Orsay) / Hervé Lewandowski / distr. Alinari, Firenze



Em uma vida moldada pela burguesia senhorial provincial, Cézanne praticamente construiu sozinho a arte do século XX.

A sua inteligência foi superior, no sentido da capacidade de entender as regras da arte, desmontá-las uma por uma e montá-las de novas maneiras, extremamente eficazes.







Il tavolo di cucina – Natura morta con cesta, (1888-1890)
olio su tela; 65x80 cm
Parigi, Musée d’Orsay, lascito di Auguste Pellerin, 1929
© RMN (Musée d’Orsay) / Hervé Lewandowski



Longe dos holofotes da Cidade da Luz, chamou a atenção dos críticos; Cézanne manteve o perfil de um "artesão" da pintura.

Somente após sua morte, quando ele foi homenagado em uma exposição retrospectiva de jovens pintores como Picasso e Matisse é que seu compreendeu a dívida da arte a um grande mestre, em confronto com o "clássico"  dando  um novo significado para todo caminho da arte moderna.





I ladri e l’asino (1870)
olio su tela; 42 x 54 cm
Milano, Galleria d’Arte Moderna, collezione Grassi,
© 2011. Foto Scala, Firenze



http://www.mostracezanne.it/











Palazzo Reale, piazza Duomo, 12
20121 Milano

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